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Arquivo Municipal

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Arquivo Municipal de Loures | 2024-02-24

O que Comiam os Presos das Cadeias Civis de Loures em 1917?

A 24 de fevereiro de 1917, o Procurador da República remetia ao delegado do Procurador da República na comarca de Lisboa, 3.ª vara, uma cópia da circular referente ao fornecimento do sustento dos presos indigentes, na qual propunha que o rancho fosse fornecido por administração direta do Estado ou pela unidade militar aquartelada na localidade da respetiva cadeia. Num segundo documento inter-relacionado, e que hoje partilhamos, fixavam-se as condições para o contrato de fornecimento de rancho aos presos indigentes das cadeias civis do concelho de Loures entre um de julho de 1917 e 30 de junho de 1918. 

Ficámos, assim, a conhecer a frugalidade da ração diária de cada preso pobre, que constava unicamente de duas comidas de 500 gramas de pão de milho ou de 250 gramas de pão de trigo e seis decilitros de caldo, distribuídos às nove e às quinze horas.  O caldo seria, alternadamente, de hortaliças, legumes e arroz ou massa, bem temperado, «adubado com toucinho ou banha de porco e azeite de oliveira». As refeições teriam de ser fornecidas em latas ou marmitas próprias cedidas pelo arrematante, o qual estava ainda obrigado a abastecer aos presos, água boa para beber, em vasilha apropriada e limpa.  O preço de cada ração do rancho diário, correspondente às duas refeições e à água, não podia exceder os vinte centavos por preso.



CML – AML – Subfundo Administração do Concelho de Loures, 1917

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