Mocidade Portuguesa: Lá Vamos, Cantando e Rindo?
Na publicação de hoje divulgamos alguns documentos remetidos pela Organização Nacional da Mocidade Portuguesa na província da Estremadura através do Ministério da Educação Nacional. No primeiro ofício, datado de 13 de janeiro de 1940, solicitava-se à Câmara Municipal de Loures ajuda moral e material para a concretização do (seu) objetivo de «expandir entre a juventude o interesse que desperta o Amôr pela nossa Terra, fortalece o físico e forma a mentalidade, que fará dos homens de amanhã os lídimos continuadores da vontade de Salazar», «favorecendo a sua expansão pela criação de Centros de Instrução».
O segundo ofício, de 28 de fevereiro de 1940, referia não ter obtido resposta ao documento anterior e reiterava o pedido de auxílio, enviando uma cópia do ofício de 13 de janeiro e uma lista dos alunos existentes nas escolas primárias oficiais do concelho de Loures.
Criada por decreto no ano de 1936, a Mocidade Portuguesa foi uma milícia infantil e juvenil, de filiação obrigatória. Em 1939 foi alargada às (antigas) colónias portuguesas. Depois de um período de crescimento e consolidação, a Mocidade Portuguesa enfrentou alguns reveses depois do fim da Segunda Guerra Mundial, mormente a partir dos anos de 1950. Em 1966, a organização deixou de ter caráter paramilitar e obrigatório, intensificando um declínio que duraria até à sua extinção, em 1974, na sequência da «Revolução dos Cravos».
CML - AML – Série Correspondência Recebida