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Arquivo Municipal

Documentos com história



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Arquivo Municipal de Loures | 2022-01-06

Documentos com história

 Industrialização e indústria do vidro

É inegável que no concelho de Loures, pela sua evolução territorial e pela sua posição geográfica favorável, se deu uma parte substancial da industrialização dos arredores da Capital, pertencendo à que viria a ser conhecida no século XX como Cintura Industrial de Lisboa. O ritmo de crescimento populacional dos municípios adjacentes à Capital, a partir da década de 20, ultrapassa o de Lisboa, ocupam-se campos agrícolas com habitação e bordejam-se as estradas com zonas industriais na década seguinte.

Documentada desde o início do século XVI, a produção de vidro em Portugal manteve-se de forma artesanal em pequenas oficinas praticamente até ao século XIX. Necessitando os fornos de madeira e de areia em abundância, da qual é extraída a sílica, foi no litoral e junto de extensas áreas de pinhal que se instalaram as principais indústrias vidreiras, primeiro em Coina e depois na Marinha Grande, onde se encontravam, em 1922, 14 das 36 fábricas de vidro existentes no país.

A concentração da indústria em poucos empresários, a partir dos anos 30, também atingiu a indústria vidreira, assistindo-se a uma diminuição do número de unidades fabris e à especialização das restantes, umas no vidro de embalagem ou garrafaria e outras na cristalaria ou vidro doméstico, mais ainda depois do arranque, em 1941, da fábrica da COVINA em Santa Iria de Azóia, que passou a assegurar toda a vidraça necessária para a produção de vidro plano para a construção civil e para a indústria automóvel até ao final de 2021.


Câmara Municipal de Loures, Licenciamento de obras particulares, Processo nº 145 (1938)
Requerimento da Companhia Vidreira Nacional, Limitada (COVINA) para que lhe seja concedida autorização para iniciar a construção da sua fábrica mecânica de vidraça
 
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