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Arquivo Municipal

"Em Loures o Passado tem Futuro"



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Arquivo Municipal de Loures | 2021-07-02

"Em Loures o Passado tem Futuro"
Santa Iria de Azoia – Vídeo de Apresentação


Santa Iria de Azoia é uma vila do concelho de Loures, com 7,52 km² de área e 18.240 habitantes (2011).  Desde 2013 é sede da nova União das freguesias de Santa Iria de Azoia, São João da Talha e Bobadela (Lei nº 11 – A/2013, 28 de janeiro).

Santa Iria de Azoia teve um percurso administrativo complexo. Pertenceu ao Termo de Lisboa até 1836, quando na sequência de uma remodelação administrativa passou a pertencer ao concelho de Alverca, até este ser extinto em 1855, tendo então integrado o concelho de Vila Franca de Xira. Em 1886, com a criação do concelho de Loures, ficou nele integrado.

Em 28 de julho de 1896 foi anexada a Santa Iria de Azoia a antiga freguesia de São João da Talha (que então integrava a atual Bobadela), a qual só se voltaria a autonomizar em 1 de março de 1939. Santa Iria de Azoia incluiu ainda, até 13 de abril de 1916, o território da atual Póvoa de Santa Iria que nessa altura se autonomizou em freguesia independente. Até esta data era uma extensíssima freguesia, com cerca de 20 km².

Apenas em 8 de novembro de 1926, através do decreto lei nº 12614, o governo decide a manutenção de Santa Iria de Azoia no concelho de Loures, e a transferência da Póvoa de Santa Iria para Vila Franca de Xira.

Santa Iria de Azóia foi elevada a vila em 1 de fevereiro de 1988, através da lei n.º 22/88.
A localização geográfica, na margem direita do Tejo, ente Lisboa e Vila Franca, terras férteis e ricas em água, marinhas de sal, clima ameno, pureza dos ares e a proximidade ao rio estiveram na origem da fixação dos povos ao longo de séculos e o consequente desenvolvimento da localidade de Santa Iria de Azoia.

Na Idade Média, membros da nobreza aí se vieram instalar, pelas razões já mencionadas, mas também devido à proximidade com Lisboa, capital do reino, à qual acediam facilmente pelo Tejo. Nobres que escolheram Santa Iria de Azoia para construir as suas quintas, usando-as como local de lazer, mas também como morada permanente e até fonte de rendimento pela boa produtividade agrícola, em particular fruta, batata, vinho e azeite.

A povoação conserva ainda hoje importantes vestígios desse passado, como a Quinta do Castelo, conhecido como Castelo de Pirescoxe, mas também a Quinta de Vale de Flores e a sua bela Igreja Matriz.

A partir de finais do século XIX a proximidade ao Tejo, os esteiros e os seus cais, fundamentais para o escoamento de produtos, foram determinantes para a progressiva instalação de indústrias em Santa Iria de Azoia.

Inicialmente as industrias de extração de sal e a moagem, a que se seguiu a refinação de açúcar e mais tarde a indústria vidreira e muitas outras. Estas últimas atraídas pelas infraestruturas referidas, mas mais tarde, pela proximidade da linha férrea, e posteriormente da auto estrada.

A industrialização transformou a paisagem rural de Santa Iria de Azoia, não apenas com a construção de fábricas e armazéns, mas, ao atrair um grande número de trabalhadores, desencadeou um inevitável crescimento urbanístico. De 1.560 habitantes em 1930 passa para 13mil em 1981, dados dos Censos.

Santa Iria de Azoia continua a ser hoje um importante polo industrial do concelho de Loures, uma vila moderna, dotada de um conjunto de equipamentos que satisfazem as necessidades da sua população a qual, defendendo o passado que lhe deu origem, continua a lutar pela melhoria das condições de vida daquela povoação.

                               
 
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