Circulação de Notas Falsas de Vinte Escudos (1920)
A 6 de maio de 1920 a Polícia de Investigação de Coimbra expediu uma circular alusiva à falsificação de notas. O documento mencionava a existência de uma investigação sobre o fabrico e passagem de uma grande quantidade de notas falsas de vinte escudos, com data de emissão de 5 de janeiro de 1915, especialmente nas feiras de gado, solicitando a colaboração das autoridades locais para resolver o caso.
O documento especificava que as notas, cujos números de série se encontravam listados, eram extraordinariamente imperfeitas. O papel utilizado era mais forte do que o empregado nas notas legítimas, a impressão grosseira, as tintas mais carregadas e a efígie da República, que nas notas verdadeiras era feita a água, estava impressa por meio de cliché, apresentando visível alto relevo.
O pedido incluía instruções para que as autoridades ordenassem aos seus subordinados uma vigilância rigorosa e a detenção imediata de qualquer pessoa encontrada com notas falsificadas. Essas pessoas deveriam ser submetidas a revistas e interrogatórios minuciosos para determinar a origem das notas contrafeitas.
Por último, a Polícia de Investigação Criminal comprometia-se a fornecer apoio e a enviar os agentes necessários, caso surgissem suspeitas, indícios ou informações que sugerissem a fabricação ou circulação de moeda falsa dentro das diferentes áreas de jurisdição. Além disso, reiterava a importância de uma comunicação eficaz e da uma cooperação fluída entre as entidades envolvidas para garantir uma investigação bem-sucedida.
CML – AML – Subfundo Administração do Concelho de Loures, 1920