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Documentos com História



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Arquivo Municipal de Loures | 2020-04-01

Documentos com História I Abril 2020

Pedras que Falam: A Primeira Pedra do Sanatório-Albergaria de Cabeço de Montachique (1919)


Ergue-se, isolado, numa das encostas de uma antiquíssima chaminé vulcânica de Cabeço de Montachique. Quase toda a gente reconhece o Sanatório-Albergaria, poucos sabem que, apesar de inovador para a sua época, nunca passou dos alicerces nem chegou a funcionar como retiro para jovens com tuberculose, mal que grassava em Lisboa e arredores.

O tempo da sua idealização por Francisco de Almeida Grandella (Aveiras de Cima, 23/06/1853 - Foz do Arelho, 20/09/1934), em nome da «Sociedade dos Makavenkos», uma associação filantrópica de Lisboa, e Rosendo Carvalheira (São Paio (Arcos de Valdevez), 1861 - Sintra, 1919), que tinha sido responsável pelas obras dos Paços do Concelho em 1915-1916, era de extrema dificuldade para um país acabado de sair da I Guerra Mundial. Para piorar a situação, alastrava desde o final de 1917 um surto de tifo exantemático e, desde o início do segundo semestre de 1918, um surto de varíola e outro de gripe pneumónica, conhecida como gripe espanhola, que fez cerca de 60 mil mortos.

Rosendo Carvalheira recebeu de Grandella a encomenda para o Sanatório tendo como experiência anterior a execução, em 1902, do Sanatório de Sant’Ana, na Parede, tendo falecido pouco antes do início da sua obra no Cabeço de Montachique. «Aos seis dias do mez d’Abril do ano de mil novecentos e dezenove…», é como inicia o traslado do auto de colocação da «Pedra Fundamental» do Sanatório-Albergaria guardado no Arquivo Municipal de Loures, tal como registado no próprio auto, faz agora 101 anos.

Auto da colocação da Pedra Fundamental do Sanatorio-Albergaria a erigir pela Sociedade dos Makavenkos no Cabeço de Montachique, da iniciativa e em terreno oferecido por Francisco d’Almeida Grandella
(1919-04-06)

Por agora, fique em casa. Em breve estaremos de volta!


 

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