D. Manuel II: O Último Rei de Portugal Nasceu Há 136 Anos
A 15 de novembro de 1889, exatamente 36 anos após o falecimento da sua bisavó, a rainha D. Maria II, nasceu em Lisboa D. Manuel II, o último monarca da história portuguesa. Filho mais novo do rei D. Carlos I e da rainha D. Amélia de Orleães, D. Manuel não estava destinado ao trono, ocupando o segundo na linha de sucessão, atrás do irmão mais velho, o príncipe D. Luís Filipe.
A sua ascensão ocorreu em circunstâncias dramáticas, na sequência do regicídio de 1 de fevereiro de 1908, ocorrido no Terreiro do Paço, em Lisboa. O atentado, levado a cabo por republicanos, vitimou mortalmente o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe, tendo D. Manuel sido ferido no braço. Com apenas 18 anos, o jovem infante viu-se repentinamente elevado à condição de rei, num contexto político instável, marcado por fortes tensões entre monárquicos e republicanos.
Durante o seu breve reinado, entre 1908 e 1910, D. Manuel II tentou implementar reformas que pudessem acalmar os ânimos e preservar a monarquia constitucional. No entanto, os seus esforços revelaram-se infrutíferos face ao crescente avanço do movimento republicano, que culminaria na Revolução de 5 de outubro de 1910. Com a proclamação da República, o jovem monarca foi deposto e exilado, iniciando uma nova fase da sua vida fora de Portugal.
No exílio fixou residência nos arredores de Londres. Do casamento, em 1913, com uma aristocrata alemã, não houve descendência. Faleceu prematuramente a 2 de julho de 1932, aos 42 anos, vítima de um edema da glote. O seu corpo foi posteriormente transladado para Portugal e sepultado com honras de Estado no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.
Com o fim da linha direta de sucessão, a Causa Monárquica reconheceu D. Duarte Nuno de Bragança, neto do rei D. Miguel I, como chefe da Casa Real Portuguesa, dando continuidade simbólica à tradição monárquica em Portugal.
